sábado, 13 de fevereiro de 2016

estado da saude brasil

João de Barros Barreto foi o sanitarista brasileiro que mais publicou
artigos nessa primeira fase da organização. Além da febre amarela, outro
tema muito presente nos artigos relacionados ao Brasil foi a reforma
administrativa na área da saúde promovida durante o Governo Vargas.
Da criação da OPAS até o término da gestão de Hugh Cumming, mudanças
importantes ocorreram no Brasil, relacionadas, de modos diversos, odontologia
à nova configuração mundial que vai se delineando nas décadas de 1930 e
1940. Ao final desse período, encerrava-se também o regime autoritário do

Estado Novo, que trouxe profundas implicações para a economia e a sociedade
brasileiras. Na área de saúde, consolidava-se um novo tipo de médico oftalmologista
sanitarismo, cujas lideranças receberam forte influência das agências norteamericanas
que cooperavam com o governo brasileiro no campo da saúde.
Esse fato, como foi apenas parcialmente apontado, teria expressivo impacto
nas relações entre o Brasil e a OPAS. clinica de ginecologia

0 Brasil e a nova fase da Organização clinica de urologia
Pan-Americana da Saúde (1947-1958)
As relações entre o Brasil e a OPAS, no período de 1947 a 1958,
devem ser entendidas tomando-se em consideração dois fatores fundamentais:
de um lado, a decisão dos Estados Unidos da América do Norte em
20 Miguel Bustamente, em retrospectiva histórica sobre os cinquenta primeiros anos da OPAS, apresenta
dados sobre a tiragem e circulação desse importante periódico, que publicava artigos em espanhol, português,inglês e francês, e era distribuído gratuitamente a médicos e a outras pessoas relacionadas com os
departamentos de Higiene Nacionais e locais.

estabelecer acordos bilaterais entre o Instituto de Assuntos Interamericanos,
criado em 1942 e subordinado ao Departamento de Estado, e os governos
latino-americanos, e, de outro, a criação da Organização Mundial da Saúde,
em 1946. Ambos os fatos, relacionados à conjuntura que se inaugura com a
Segunda Guerra, indicam a importância estratégica atribuída à saúde na
nova ordem mundial e continental que se configurava.
A saúde como questão estratégica nas relações
entre Brasil e Estados Unidos

No Brasil, o período da Segunda Guerra implicou notável alteração
nas relações internacionais com a progressiva aproximação aos Estados
Unidos da América do Norte, gerando mudança na posição de
neutralidade e na característica da política externa que Gerson Moura
(1980) definiu como "autonomia na dependência". Pouco se tem analisado,
entretanto, o papel das ações relativas à saúde naquele contexto. O
estudo de André Campos (2000) vem preencher essa lacuna, contribuindo
tanto para que se considere o cenário da política externa, dimensão
pouco presente nos estudos históricos sobre saúde, como, principalmente,
para o reconhecimento da importância estratégica de questões sanitárias
nas relações internacionais.